O amor

Ah o amor…
Explícito,subjetivo
Pequeno,compacto
Integro
Não mede esforços
Colosso!
Sem receios
Esperto
Viaja em seu próprio mundo
Ligeiro,quando sobe na árvore fica flutuando em seus galhos achando que é o super man
Engraçado
Esperto,palhaço
Que mesmo ao tirar a sua maquiagem as suas maçãs continuam rosadas
Ah o amor
Cinco letras
Cinco gestos
Cinco sentimentos
Se transformam e um
Um só corpo
Um só coração
Um só espírito
A de “abraço”
M de “morro em teus braços”
O de “olhar encantado”
R de “rimar e transformar o que sente o coração em forma de poesia”
Pois do coração não se vê
Mas sente queimar aquilo que chamamos de amor
Passando pelo processo de quietação
Até o equilíbrio chegar e dizer:
Pronto!
Vamos sentar a mesa,pois o amor vai nos servir o melhor banquete já feito por ele,o cuidar.

Entre páginas e coração

Livros acobertam meus sonhos
Escondem atras deles a pureza de querer viver um momento tão especial
Não vejo problema,pois ali abro um e me transporto pra onde quero
Onde desejo
Me sinto a vontade,posso fechar os olhos e não precisar
Mais abri-los,a sua companhia me acompanha para um mundo onde só nos dois sabemos
Admiro seu sorriso,e com os olhos vermelhos querendo demonstrar o que sente através de gotas
Sinto teu cheiro penetrando minhas narinas
Sinto tuas mãos me envolvendo e me deixando levar
Pelo doce silêncio da escrita
Bocas se encostam,esperando o mais sublime gosto de desejo e paixão
Para onde estamos indo,se estamos em uma andar tão forte e quente?
Me leva ao infinito
Onde a maior pureza estar em livros
Que de forma tão infantil nos deixa uma marca de desejo
Pelo crescimento daquilo que ainda não existiu
Mas se demos ate nome para o surreal
Porque não depositar um pouco de sopro e amor?
Com pitadas do amanha que esta tão próximo
Onde podemos sentar ao ar livre com as mãos entrelaçadas
Onde o mais puro olhar nos faz enxergar o passado,e ver que de livros de contos e fábulas a maior história de amor já foi escrita onde não sabemos o começo
Mas sabemos que o fim será o recomeço de tudo.

5 anos!!

A cinco anos atras eu descia a rua augusta
Desconfiado do que poderia encontrar
Chego a um hotel muito bonito
E quando pergunto onde estava a “igreja”
Me disseram:
“É só descer que você ira encontrá-los”
Quando me deparo um espaço bem pequeno
Onde a música era simples feito por um violão e alguns pedaços de bateria,dois caixotes de feira eram feito de “púlpito”, grafitado com duas mãos formando um coração
Ate ae nada demais,pois já tinha visto de tudo nesse meio cristão.
Alguns rostos familiares,e algumas pessoas Bem estranhas,meu coração cheio de dúvidas em relação ao que esperar de uma igreja tão “diferente”,e mesmo assim me permanecia na defensiva.
Ate que o pastor começa a falar de
Uma forma simples e com o coração cheio de esperança para aquele lugar, não resisti e as lágrimas caíram,onde dois amigos que me acompanharam naquele dia um deles se vira e fala:
“Você encontrou seu lugar né?”
E desde então caminho entre choro e risos
Vendo gente chegar e sair
Viver o anonimato ate a capa de uma revista
Saindo de uma casa de show e indo pra rua
Vendo gente curada e/ou vivendo seu processo diário de mudança
Insistindo em ser igreja,as vezes errando e as vezes acertando
Mas a cinco anos vendo realmente Deus cuidando de tudo e todos.
Quando falamos que é #ProibidoPessoasPerfeitas
Estamos realmente vivendo na pele o que é depender de Deus e expor pra Ele que não somos realmente nada e que Ele é tudo em nós.
Obrigado por me agüentarem todo esse tempo
Sou privilegiado de ter vocês como minha família.

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Sitio (Adélia Prado)

Imagem

Sitio
Igreja é o melhor lugar.
Lá o gado de Deus para beber agua,
rela um no outro os chifres
e espevita seus cheiros
que eu reconheço e gosto,
a modo de um cachorro.
é minha raça,estou em casa como meu quarto.
Igreja é a casamata de nós.
Tudo lá fica seguro e doce,
tudo é ombro a ombro buscando a porta estreita.
Lá as coisas dilacerantes sentam-se ao lado deste humaníssimo fato
que é fazer flores de papel
e nos admiramos como tudo é crível.
Esta cheia de sinais,palavra,cofre e chave, nave e teto aspergidos
contra vento e loucura.
Lá me guardo, lá espreito
a lâmpada que me espreita, adoro o que me subjuga a nuca como boi.
Lá sou corajoso
e canto com meu lábio rachado:
glória no mais alto dos céus
a Deus que de fato é espirito
e não tem corpo,mas tem
o olho no meio de um triângulo
donde vê todas as coisas,
até os pensamentos futuros.
Lugar sagrado,eletricidade
que eu passeio sem medo.
Se eu pisar, o amor de Deus me mata.